quinta-feira, 30 de junho de 2011

A Curiosa Formação das Miragens

A Curiosa Formação das Miragens

O princípio da propagação retilínea da luz ensina que a luz propaga-se em linha reta nos meios transparentes e homogêneos. A atmosfera, porém, não é um meio homogêneo, pois apresenta uma densidade tanto menor quanto maior a altitude. Consequentemente, quanto maior a altitude, menor é o índice de refração do ar. Então, a trajetória de um raio de luz na atmosfera é, em geral, curvilínea. Essa curvatura do raio de luz provoca muitos efeitos. Um deles é alteração da posição aparente dos astros, principalmente quando eles estão próximos do horizonte. Por exemplo, no pôr-do-sol, o Sol já se encontra atrás do horizonte, mas continua a ser visto devido à curvatura dos raios de luz.




A temperatura junto ao solo pode determinar a ocorrência dos interessantes fenômenos das miragens. Quando a temperatura do solo torna-se muito elevada, o ar aquecido junto ao solo torna-se menos denso e, consequentemente, menos refringente que o ar que se encontra um pouco mais acima. Por causa disso, um raio de luz que desce obliquamente de encontro ao solo pode sofrer reflexão total antes de atingi-lo.



Isso explica o fenômeno das miragens, tão comuns nos desertos. Pelo mesmo motivo a impressão de que as estradas asfaltadas estão molhadas em dias quentes e ensolarados, quando observadas de posições convenientes. Por outro lado, pode ocorrer que a temperatura do solo fique tão baixa que o ar junto dele torne-se mais denso e mais refringente que o ar situado acima. Nesse caso, os raios de luz que partem do objeto e sobem obliquamente, sofrem reflexão total nas camadas superiores, menos refringentes. O observador vê a imagem do objeto "pairando" no ar, e invertida.



Fonte:Sala de Fisica

A Clonagem da ovelha Dolly

A Clonagem da ovelha Dolly

A clonagem da ovelha Dolly apenas derrubou o dogma da biologia de que células não-germinativas de animais superiores eram incapazes de gerar um novo ser.

Como método de reprodução, entretanto, foi um fracasso.

O pesquisador Ian Wilmut transformou 277 células comuns da ovelha em embriões. Só vingou Dolly.

Do ponto de vista do impacto histórico e científico, o seu nascimento foi comparado à bomba atómica. Quando, em Fevereiro de 1997, o cientista Ian Wilmut apresentou ao mundo a ovelha ‘Dolly’ – nascida sete meses antes, a 5 de Julho de 1996, a partir de um processo de clonagem – até o presidente dos EUA, então Bill Clinton, veio pedir bom senso (acabou por proibir a atribuição de fundos federais para a clonagem humana).

O Vaticano condenou, a Organização Mundial de Saúde (OMS) solicitou mais estudos e o Conselho da Europa adoptou um protocolo a proibir o processo em seres humanos.

A verdade é que a clonagem da ovelha ‘Dolly’ – assim baptizada em homenagem à cantora Dolly Parton, conhecida pelos seu peito proeminente – apenas derrubou o dogma da biologia, de que células não- -germinativas de animais superiores eram incapazes de gerar um novo ser. Nos últimos dez anos pouco mais aconteceu, embora uma companhia ligada à seita raeliana garanta que já clonou 13 crianças. Nunca ninguém as viu e o facto é contado como anedota nos meios científicos.

Durante os seis anos de vida – ‘Dolly’ morreu há três sacrificada pelos médicos no seguimento de complicações pulmonares – a ovelha mais conhecida do Mundo viveu como uma verdadeira estrela do mundo do espectáculo e até foi alvo dos ‘paparazzi’.

Actualmente pode ser vista no Royal Museum of Scotland, em Edimburgo, onde está empalhada. Morreu sem saber quem era o verdadeiro pai. É que Ian Willmut, considerado o seu criador, veio a público este ano admitir que a sua participação na clonagem foi menor do que se anunciou.

Em Portugal ainda se tentou clonar um bovino. O dinheiro só deu para um rato. Chamava-se ‘Figo’ e morreu em 2005.

A Ciência dos Maias

A Ciência dos Maias

O povo maia tem origem incerta, mas antigas escrituras podem ligá-la ao platônico povo atlânte. Os maias se instalaram onde hoje é o sul do México, a Guatemala e Honduras por volta do ano 1000 a.C. A sucessão de descobertas arqueológicas, a partir do século passado, indica o desenvolvimento de uma das mais notáveis civilizações do Novo Mundo, com arquitetura, escultura e cerâmica bastante elaboradas. Sem dúvida nenhuma, essa civilização se baseou nos conhecimentos das culturas arcaicas, anteriores mesmo ao século X a.C.. Mas, foi a decifração dos ideogramas da escrita maia que permitiu reconstituir parcialmente a história deste povo magnífico. A história dos maias pode ser dividida em três períodos: o pré-clássico (1.000 a.C. a 317 d.C.); o clássico ou Antigo Império (até 889 d.C.); e o pós clássico ou Novo Império (também conhecido como "renascimento maia" até 1697). Da idade pré-clássica pouco se conhece, mas pode se afirmar que, neste período, já existia uma estrutura social e religiosa como uma classe sacerdotal especializada em matemática e astronomia. Provavelmente, foi nessa época que foi criado o calendário maia. O fim da idade pré-clássica e o começo da idade clássica foram estabelecidos com base nas primeiras datas que puderam ser decifradas nos monumentos.

As Ruínas de Copán, a oeste de Honduras, foram descobertas em 1570 por Diego Garcia de Placio. Um dos locais mais importantes da civilização maia, estas Ruínas não foram escavadas até o século XIX. Suas fortalezas e praças públicas imponentes caracterizam suas três fases principais de desenvolvimento, antes que a cidade fosse abandonada no início do século X.

Os avançados conhecimentos que os maias possuíam sobre astronomia, como eclipses solares e movimentos dos planetas, e sobre matemática, lhes permitiram criar um calendário cíclico de notável precisão. Na realidade são dois calendários sobrepostos: o tzolkin, de 260 dias, e o haab de 365 dias. O haab era dividido em dezoito meses de vinte dias, mais cinco dias livres. Para datar os acontecimentos utilizavam a "conta curta", de 256 anos, ou então a "conta longa", que principiava no início da era maia. Eles determinaram com exatidão incrível o ano lunar, a trajetória de Vênus e o ano solar (365 dias, 5 horas, 48 minutos e 45 segundos). Inventaram um sistema de numeração com base 20 e tinham noção do número zero, ao qual atribuíram um símbolo.

Os maias utilizavam uma escrita hieroglífica que ainda não foi totalmente decifrada. Os cientistas, estudiosos da civilização maia, comprovaram que os antigos fizeram muitas observações do Sol, durante sua passagem pelo zênite, na praça cerimonial de Copán. Esta descoberta reafirma que os maias foram grandes astrônomos e que viveram seu período de esplendor entre os anos 250 a 900 d.C.. Durante os solstícios e os equinócios, a posição do Sol gera alinhamentos especiais entre os vários monumentos, altares e outras estruturas da principal praça do sítio arqueológico maia de Copán.

Hoje, o vale de Copán, como outros sítios arqueológicos, é declarado Patrimônio da Humanidade, resguardando o centro dos cerimoniais da civilização maia, que floreceu na América Central no primeiro milênio da Era Cristã.


Artigo do mês de julho de 2002 da Revista de Ciência On-line: http://www.cienciaonline.org/


Fonte:http://an.locaweb.com.br/Webindependente/ciencia/acienciadosmais.htm